quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O desenho de síntese
Normalmente os registos figurativos desenhados fazem-se dando um maior realce a certos aspectos da realidade visível e omitindo outros. O caso extremo desta afirmação será por exemplo o de uma caricatura. O que nos é oferecido ver sobre a pessoa caricaturada é uma "síntese" dessa pessoa em que alguns dados são omitidos propositadamente e outros são realçados e exagerados provocando-se deliberadamente a chamada de atenção para os aspectos que se julgam fundamentais e que se querem transmitir.

O desenho para determinados fins de estudo como por exemplo na botânica, zoologia, etc., usa também este critério de eliminar alguns aspectos da forma observada e dar apenas realce aos aspectos que se querem transmitir. Omite deliberadamente alguns elementos fazendo uma síntese do que é considerado essencial no objectivo de estudo.
O artista desenhador também omite, consciente ou incoscientemente determinados aspectos da realidade que está a representar, tornando outros mais vincados (fig. 11).
Mesmo que uma imagem se aproxime imenso do facto ou personagem retratados, ela não é mais do que uma "ilusão" dessa realidade e como tal uma das representações possíveis dela. Neste sentido o desenhador faz uma síntese do que vê e representa apenas o que pretende transmitir. É neste facto que reside acima de tudo o grande e verdadeiro poder do desenho, o de "manipular a realidade" dirigindo a atenção do observador para os factos que se pretendem transmitir. É o artista que livremente escolhe e expõe o que julga essencial expressar.

Um comentário:

Unknown disse...

Realmente a tecnologia tem contribuido muito no meio da arte ...são formas que a arte encontrou para ser mais dinâmica e atraente na nossa atualidade.

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